As decisões tomadas pelos lideres de estado mudam a economia e impactam diretamente na vida dos cidadãos
Por: Bianca Haile
As movimentações geopolíticas, que vem ocorrendo no mundo todo estão afetando diretamente a qualidade de vida da população. Desde o preço do arroz até a imigração, qual a relevância das decisões das grandes lideranças mundiais no dia a dia da população?
Com intensificação na Guerra da Ucrânia o mundo todo passa por uma grande mudança, sabe-se que a guerra se expandiu por conta do convite ao país para ingressar na OTAN, o que expandiria o domínio do mesmo para o oriente, situação vista com maus olhos principalmente pela Rússia . Essa situação gerou uma reação em cadeia, que já era prevista para ocorrer, o reposicionamento da Rússia no tabuleiro geopolítico, o alto crescimento financeiro e de influência da China e países orientais, além da mais recente união de outros países em desenvolvimento que se juntaram ao grupo BRICS, uma aliança economia e política de alguns países emergentes, e desdolarização.
Essas movimentações, principalmente a ascensão da China, trouxeram mudanças para todos os países envolvidos, inclusive para o Brasil. Nos Estados Unidos teve um efeito muito negativo na economia, o dólar está se desvalorizando e sendo substituído pela moeda chinesa em diversas transações, o que prejudica seus investimentos, isso está se refletindo, por exemplo, na dívida pública que agora teve seu limite aumentado para US$ 31,4 trilhões, para manter o funcionamento do país, segundo a CNN Brasil.
BRASIL NO TABULEIRO
Para o Brasil, o crescimento da China é de grande vantagem, já que se trata de um dos principais parceiros comerciais do nosso país, neste ano tivemos muitos acordos e investimentos importantes sendo feitos entre os dois países, dentre eles Daiane Pereira, estudante de comércio exterior destaca “A negociação que aconteceu dia 29 de março envolvendo o Bank of the Comunications BBM no CIPS (China Interbank Payment System), conecta milhões de instituições financeira no mundo, com isso o Brasil será o primeiro país da América latina a ter acesso ao sistema chinês” “Se trata de um instrumento que permite serem feitas transações em RMB (sigla da moeda Yuan chinês) convertida em reais, de uma forma mais rápida e com menos custo.”
Na prática, no que isso implica “Com o aumento da liquidez da moeda chinesa no Brasil haverá a manutenção de reservas cambiais em moeda forte no país, a redução de intermediários nos pagamentos internacionais e aproximação de pagamento local chinês, além de no ambiente político possibilitar a aproximação de outros possíveis acordos entre os países, fortalecendo sua parceria.” Aponta Daiane. Com isso podemos esperar que o Brasil fique cada vez menos dependente do dólar para transações internacionais, diminuindo os custos de conversão e também consequentemente o valor que chega para o consumidor final.
A China não é o único parceiro comercial do Brasil, nosso país, com a liderança do MERCOSUL visa fechar diversos acordos comerciais também com a União Europeia, principalmente com Portugal e Espanha, dentre os acordos estão destacadas as áreas de energia e de geologia e mineração; reconhecimento mútuo das carteiras de motorista; direitos de pessoas com deficiência; turismo e saúde. Esses acordos elevam o patamar do Brasil, possibilitando menos taxações, mais investimentos e até mesmo uma maior imigração entre os países.
ECONOMIA MUNDIAL
O ranking dos países, divulgado todos os anos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), de destaque econômico de 2022 segundo o PIB dos países, mostra um avanço da China, mas também o retorno do Brasil ao pódio, já que agora somos a 9° maior economia, com US$1.8 trilhões, isso se deve a valorização do real e ao crescimento do nosso PIB
É esperado que o PIB cresça nos próximos anos, segundo a Valor Investe revista da Globo, com o Brasil tendo cada vez mais relevância, principalmente por sua participação no bloco econômico BRICS, que vai possibilitar transações comerciais com diversos países, diminuído os custos de importação de produtos como combustíveis, alimentação, vestuário, entre outros. Isso interfere diretamente no custo de vida da população brasileira no geral, que terá esse repasse no produto final, pagando menos, ou ao menos um preço estável, pelos produtos mais essenciais.