João Filho
Se alguns anos atrás o mercado de trabalho já estava extremamente competitivo, imagine agora com os efeitos da crise econômica promovendo demissões em massa? Na região metropolitana de São Paulo, por exemplo, a taxa de desemprego saltou de 14,7% em fevereiro para 15,9% em março, segundo dados divulgados pela pesquisa Emprego e Desemprego, realizada em conjunto pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Neste cenário tão instável e de competição acirrada, é preciso valorizar todas as suas qualidades profissionais em um processo seletivo para alcançar o tão sonhado emprego formal e tudo começa com um currículo, um bom currículo.
Para desmistificar esse assunto, conversamos com a Verlaine Lia da Costa, que é graduada em Administração, que atua como consultora empresarial e tem experiência de oito anos em Recursos Humanos. Segundo ela, um bom currículo deve ‘ter uma estrutura clean e bem organizada” e sugere que sua estruturação seja feita em seis fases complementares.
Você está na vitrine
Na disputa por uma boa vaga de trabalho, é importante que, além de buscar qualificação, você saiba como se destacar, pois todo o processo de recrutamento e seleção é um momento de ‘se vender’ para a empresa desejada e, segundo Verlaine, “o currículo é uma forma interessante para verificar o poder de síntese, o domínio da língua portuguesa, as características do candidato”.
O seu currículo precisa se comunicar com a empresa na qual você pretende trabalhar, portanto esqueça aquela ideia de fazer um único currículo e sair distribuindo por aí. “As vagas têm requisitos e descrições diferentes e o mais adequado é fazer um currículo para cada vaga: cada vez que você for enviar seu currículo, faça uma revisão em seu objetivo e verifique se ele está de acordo com a descrição da vaga pretendida”, afirma Verlaine.
Colocar foto, pretensão salarial e o famoso título ‘curriculum vitae’ no seu currículo não são boas ideias, assim como mentir, “pois, há a possibilidade real de confronto de informações no momento da entrevista e, se você disser que tem inglês fluente, corre o risco de optar por desenvolver a entrevista em inglês”, finaliza Verlaine.