Larissa Cristina Bim
A Casa da Memória de Ponta Grossa começou a funcionar no ano de 1997, depois da lei nº 5018/94 ser sancionada pelo prefeito Paulo Cunha Nascimento, eleito na época. A lei autorizava a criação de um espaço destinado à “guarda, proteção, conservação, restauração e preservação de todo e qualquer documento referente à história de Ponta Grossa e da região de Campos Gerais”, conforme subscreve-se.
Por muito tempo o museu foi um espaço cultural para exposição e que era mais acessível à comunidade. Em 2001, na gestão do ex-prefeito Péricles de Melo, a Secretaria de Cultura juntamente com o Departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) repensaram o modelo do espaço que passou a ser um centro de documentação voltado especificamente para a guarda da história da cidade e para pesquisas, e que segue neste formato desde então.
O prédio onde o museu foi instalado, foi construído em 1894, quando a ferrovia chegou no município. Funcionou como estação ferroviária até meados de 1905, quando foi construído o prédio ao lado e foi transferida a estação para este maior, ficando o prédio menor para a administração da empresa. Após o fim da ferrovia na cidade os prédios passaram para propriedade privada e foram adquiridos pela prefeitura em 1991. No mesmo o ano os três prédios: Estação Saudade, Estação Arte e Estação Paraná foram tombados pelo patrimônio estadual.
O prédio onde se situa a Casa da Memória, antiga Estação Paraná, passou por um restauro que iniciou em 1993, para que, em 1997 a prefeitura inaugurasse o museu, conta Eduardo Terleski, gerente do museu. Segundo ele, o prédio também passou por um novo restauro em 2000, onde foram feitos consertos no telhado e trocado o piso.
O acervo do museu também passa atualmente por um processo de digitalização, para a preservação da historia da cidade. Destaca-se nesse acervo mais de 45 mil negativos de chapa de vidro da família Bianchi, família esta responsável pelas fotos do crescimento da cidade desde o ano de 1897. Também encontram-se as plantas das primeiras edificações da cidade, acervos completos dos primeiros jornais impressos de Ponta Grossa, com exemplares do extinto Jornal O Progresso.