Por: Raissa Machado

O que são?

Apesar do conceito ser composto pela palavra ‘minoria’, nem sempre se refere a um número pequeno de pessoas, mas sim um grupo em situação de desvantagem social. Preconceito e discriminação são atitudes que afetam diretamente os grupos minoritários.

Esses grupos são formados para buscar mudanças no dia a dia da sociedade, mas principalmente de quem integra-os e sofre injustiças em seu cotidiano social. Em geral a luta é por mudanças contra a exclusão social e seus direitos negados.

Como saber se estou frente a um grupo ou cidadão minoritário?

Alguns fatores são comuns para definir esses grupos, como a vulnerabilidade, já que na maioria das vezes esses grupos carecem de apoio e amparo, exemplo de quem sofre com isso são os transgêneros.

Já os negros passam por identidade em formação, pois mesmo que suas tradições sejam antigas, diariamente eles passam por afirmações e auto estima perante sua raça, além da busca de direitos e punições a quem os agride tanto verbal quanto fisicamente.

Renata Rocha é negra e ativista. Renata relata nunca ter tido paz perante a sociedade por conta de sua aparência física e os fortes traços afrodescendentes. “É um peso que irei carregar pra toda a vida, pois meu cabelo incomoda as pessoas, minha cor assusta elas e minha presença afasta, as vezes sinto medo de criar vínculos e me comunicar com quem não conheço, fico com aquela impressão de que não vão gostar ou sentirão nojo, pois em todos esses 32 anos eu fui muito rejeitada por algo que eu não escolhi e que não é errado.”

Ações coletivas, passeatas, denúncias, marchas, manifestações são características dos movimentos sociais. Estratégias de fala e discurso são comuns entre o movimento LGBTQ+, eles realizam ações públicas, além de estratégias de discurso para ampliar a consciência populacional e diminuir sua vulnerabilidade em meio a sociedade. Movimentos e passeatas são bem comuns entre os LGBTQ+, principalmente nas capitais brasileiras onde ocorre com frequência.

Já as mulheres lutam contra o privilégio de grupos predominantes, na maioria das vezes é exposto em mídias situações que mostram a situação delas para trazer conhecimento e justiça à todas.

Para a psicóloga e ativista, Aline Tprwcz, é através da organização dos movimentos sociais que as questões ficarão em evidência, e será possível debater, refletir e construir estratégias para uma sociedade mais igualitária, pautada na solidariedade e no apoio mútuo. Além de, através das ruas, dar voz e espaço para quem no cotidiano é silenciado. “A partir do momento em que entendemos que a sociedade se organiza de forma desigual, em que uma minoria detém o poder de decisão sobre todos e todas, se organizar e lutar, significa contrapor-se coletivamente àquilo que limita nossas possibilidades de existência. Quando falamos do feminismo, muitos direitos que trazem dignidade para a vida das mulheres foram conquistados através da organização e da luta, seja mudando aquilo que conseguimos mudar sozinhas, entre nós, construindo, seja exigindo das autoridades mudanças estruturais.”

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