Jovem relata a dificuldade que o vírus trouxe e como isso acarretou no seu desemprego

Por Naiane Jagnow

Conforme dados divulgados no dia 16 de outubro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desemprego bateu recorde na penúltima semana de setembro em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus. De acordo com o IBGE,mais de 14 milhões de brasileiros perderam o emprego.

Segundo o levantamento, entre maio e setembro teve uma alta de 43% no número de desempregados no país em cinco meses. Um desses atingidos foi Alisson Moura (26), de Ponta Grossa. Ele trabalhava na área de marketing e eventos de uma empresa. “Eu tinha duas principais funções. Uma delas era ajudar na organização de eventos da empresa e outra era coordenar um projeto que é feito nas aulas. Com a pandemia, os eventos foram cancelados e as escolas fechadas”, desabafa.

A primeira medida adotada pela empresa foi a suspensão de contrato temporário. Dessa forma, Alisson recebeu benefício do governo durante dois meses. “Eu teria estabilidade de dois meses daí, trabalhei um e me deram férias no outro”, relata.

Ele conta que já imaginava que seria demitido. “No começo, achei que as coisas fossem voltar logo para a normalidade, mas conforme os dias foram passando eu vi que não. Este foi um ano perdido para mim”, afirma.

Para Alisson, a área de eventos sem dúvidas é uma das mais afetadas por causa do novo coronavírus. “É preciso se reinventar, mas é difícil. No meu caso não deu. Fui demitido”, diz.

Após perder o emprego no final de setembro, Alisson atualmente se mantém com o seguro-desemprego. “A meta agora é conseguir um novo trabalho”. Nessa nova jornada, ele diz que se sente esperançoso para conseguir um emprego.

A mensagem que ele quer deixar para as pessoas é clara. “Se cuidem, foi um ano difícil e espero que isso acabe logo. Eu entendo a importância dos eventos e das aulas terem sido cancelados para a saúde de todos. Mas o vírus não acabou, ele está aí e não temos vacina ainda”.

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