A doença crônica cresceu rapidamente nos últimos 12 anos
A doença crônica cresceu rapidamente nos últimos 12 anos
A doença crônica cresceu rapidamente nos últimos 12 anos

Por Larissa Bim

Por meio de pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, utilizando o Sistema de Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico(Vigitel), constatou-se que em 2016 o número de pessoas com diabetes no Brasil aumentou aproximadamente 62%. O percentual que era de 5,5% de pessoas com a doença em 2006, passou para cerca de 9% em dez anos.  Esse número é considerado preocupante e, juntamente com outras doenças crônicas, é responsável por 74% das mortes no país.

Quando se trata de crianças esse número também é alarmante. Dados do Centro de Prevenção de Doenças (CDC – EUA), de 2015, indicam que 1,93 crianças em cada mil possui diabetes tipo 1 (quando o pâncreas não produz insulina suficiente); 0,24 possuem diabetes tipo 2 (quando o organismo cria resistência à insulina) e esse número ainda vem crescendo com os anos.

A doença muitas vezes demora até ser diagnosticada e acaba agravando ainda mais. É o caso de Lucas, de sete anos, que mora em Porto Amazonas no Paraná. Seu pai, Paulo Coradim, conta que apenas descobriram a diabetes no filho quando perceberam que ele começou a emagrecer rápido demais e acordava muitas vezes durante a noite sentindo sede e vontade de urinar. Começaram a ficar preocupados, pois a criança sentia muito cansaço e fraqueza, foi quando resolveram levar ao médico.

Mesmo antes do resultado dos exames, os pais já imaginando o que fosse começaram a pesquisar na Internet tudo sobre diabetes infantil e ficaram apavorados, conta Paulo. Quando o primeiro médico informou o resultado os pais não aceitaram e recorreram a uma segunda opinião. Refizeram tudo e foi confirmado, o filho estava com Diabetes Mielitos Tipo 1.

Para eles, o pior foi quando tiveram que internar Lucas para começar o tratamento. O filho ficou três dias no Hospital Evangélico de Curitiba e somente foi liberado depois dos pais receberem um curso rápido de como cuidar de uma criança diabética e comprarem tudo que precisavam para mantê-lo com saúde.

Paulo afirma que a partir desse dia suas rotinas mudaram totalmente. Eles aplicam uma dose de insulina lenta todos os dias às 9 horas da manhã e fazem a correção do nível de glicemia mais a contagem de carboidratos em todas as refeições. Lucas ainda usa um sensor no braço que informa os valores de glicemia através de uma leitora digital.

O pai relata ainda que o que mais deu força para eles foi a maneira que o filho reagiu a toda essa mudança. “Sempre foi guerreiro e aceitou tudo facilmente”, conta. Lucas faz futebol às quartas e sextas, e box chinês às terças e quintas feiras. “Vivemos com ele de forma a fazê-lo aproveitar a vida que segue, sempre a espera de um milagre”, explica o pai.

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