Por Stefany Hanke
A água potável no mundo é um recurso vital cada vez mais escasso. Garantir a sustentabilidade ambiental é o sétimo objetivo entre os oito que compõe os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), lançados pela Organização das Nações Unidas (ONU). E o acesso à água faz parte dessa garantia de sustentabilidade.
De acordo com um relatório lançado pela WaterAid, Organização Não Governamental que se dedica ao tema, 663 milhões de pessoas não têm acesso à água potável no mundo. O Brasil possui 5,661 bilhões de metros cúbicos de água doce, ocupando assim a posição de líder dos 10 países com mais água potável no mundo. Mesmo sendo o país mais rico neste quesito, a população brasileira ainda não tem acesso igualitário ao recurso.
Segundo dados do Banco Mundial e um estudo realizado pela WaterAid, é possível que 40% da população mundial terá problemas com abastecimento de água potável até 2050. A falta de água própria para o consumo tende a aumentar doenças como cólera, malária e dengue. Outro problema sério causado pela falta de água é a desnutrição. Nos países mais afetados como Angola, República Democrática do Congo e Guiné Equatorial, esse é o maior responsável por mortes de crianças.
Para Christoffer Machado, técnico em meio ambiente, o que se pode fazer para ajudar é conscientizar cada vez mais a população. Cobrar dos governantes quais ações estão sendo tomadas em relação à preservação e ao consumo consciente. Outro ponto exposto pelo Técnico é a questão do reaproveitamento da água da máquina de lavar e a captação de água da chuva para lavar calçadas, por exemplo. Essas pequenas ações que parecem não causar grande diferença, mas levadas a nível mundial tem grande um grande impacto positivo.
Por todo mundo existem entidades, empresas e ONGs trabalhando pela conscientização da população mundial quanto à preservação da água. Cabe a cada um ser multiplicador deste importante fator. Em longo prazo a falta de água potável no mundo pode causar disputas entre países, encarecimento, mudanças climáticas e o aumento de doentes por desidratação. É necessário que existam medidas para reduzir perdas, restaurar as florestas e despoluir os rios. É preciso que os fatores de sustentabilidade, consumo consciente, preservação estejam em foco, tanto na política quanto na vida pessoal. Cuidar do planeta é cuidar da humanidade que depende dele.