Com a nova medida do Denatran, fabricantes de placas repensam a permanência no mercado
Por Hurlan de Jesus e Elder Scolimoski
Os empresários que fabricam e estampam placas estão preocupados com o seu segmento no comércio. Esta apreensão começou depois que foi publicada no Diário Oficial da União a resolução da padronização da placa Mercosul no Brasil. A medida deve entrar em vigor em 1º de setembro deste ano.
De acordo com a resolução, a nova placa será introduzida nos modelos zero quilômetro, ou em casos de transferências de município ou propriedade. Os proprietários de veículos usados terão até 31 de dezembro de 2023 para adotar o novo padrão. Esse novo modelo contará com uma tarja azul, bandeira do Brasil e algumas mudanças nas letras e números, além de um chip que possibilitará identificar veículos roubados com mais facilidade.
Segundo um dos estampadores de placas veiculares em Palmeira, Emilson dos Santos, cerca de 18 mil veículos estão emplacados no município. Em média são 180 processos envolvendo placas novas e tarjetas no decorrer do mês, que são realizados por duas empresas da cidade. “Com a margem de lucro e com o número de estampagem que faço, o meu comércio vai bem. O que preocupa é como será daqui pra frente com a nova norma do Denatran. Ninguém sabe como será esse repasse dos órgãos competentes para as nossas empresas”, explicou Santos.
Em Ponta Grossa, aproximadamente 190 mil carros estão emplacados no município e a realidade dos fabricantes de placas não é diferente. São quatro empresas deste seguimento que não estão vendo com bons olhos a mudança. A empresária Sandra Araújo afirma que a nova padronização poderá comprometer o mercado de placas na região. “Se essa padronização entrar mesmo em vigor, as empresas de Ponta Grossa irão fechar as portas” comentou. Isso porque a nova medida não vai mudar apenas o visual das placas e sim o sistema que o proprietário do veículo vai ter que percorrer para emplacar o seu carro. “Hoje a pessoa chega com o documento do carro e saí com a placa instalada. Nesta nova medida será preciso pagar um boleto para o Denatran e depois de um prazo legal ele vem até a nossa empresa para retirar a placa. Aí o Denatran vai pagar pelo nosso serviço, mas não sabemos quanto, quando e de que maneira isso vai acontecer”, explicou Emilson.
Ainda não foi divulgado o preço das novas placas e o comércio ligado a este setor continua preocupado e ansioso, aguardando as informações que devem ser divulgadas até o fim deste mês para então determinar o que será feito. Alguns estados já emitiram cartas de repúdio a medida, mas o governo ainda não se manifestou.
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