Por: Amanda Nunes Stefaniak e Larissa Bim

Aproveitando as comemorações do Dia Internacional da Mulher, um assunto que vale a pena ser debatido é o sexismo no mercado de trabalho, que significa preconceito ou discriminação baseado no sexo ou orientação sexual do indivíduo.

As mulheres tiveram uma grande expansão em relação ao espaço conquistado, prova disso é o número em cursos de nível superior, que segundo dados de 2016 do Plano Nacional de Qualificação do Ministério do Trabalho e Previdência Social, demonstram uma diferença para mais de quase 8% em relação ao número de homens. Porém, apesar de qualificação, as mulheres recebem em média 24% a menos que os homens.

A jornalista esportiva Leticia Cabral, primeira profissional a trabalhar na área na cidade de Ponta Grossa, conta que iniciou no ramo esportivo em 2012 e pensava até em desistir da carreira por falta de respeito, assédio e opressão. Ela relata que já sofreu até ameaças por conta de dirigentes de clubes e insinuações em relação ao seu profissionalismo, além de sentir seu trabalho menosprezado por receber salário inferior a colegas de trabalho do sexo masculino. Contudo, ela acredita que o mercado está se abrindo cada vez mais para receber as mulheres e que essas dificuldades a ajudaram a ser maleável para enfrentar as diversas situações.

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Apesar dos problemas em diversos campos de trabalho, a inclusão das mulheres permanece crescendo, inclusive em áreas que necessitam de treinamento e esforço físicos, que inicialmente era trabalho exclusivo do sexo masculino, como policiais, militares e nos corpos de bombeiros. Ao conversar com a policial militar Ana Paula Nunes Bieszczad, ela explica que o sexo feminino é minoria entre os policiais e que há certo preconceito nos dias de hoje. “O preconceito sempre existiu e sempre vai existir, não acho que vá mudar tão cedo. E com ele vêm os assédios que ocorrem sempre, mesmo que indiretamente, até mesmo de superiores que deveriam nos instruir e ensinar, mas somos desrespeitadas, apenas pelo fato de sermos mulheres”, conta.

Mas apesar das dificuldades colocadas pelo sexismo, as mulheres seguem provando diariamente que o gênero não determina a capacidade e a força de vontade para conquistar cargos superiores em qualquer campo.

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