Preços nos combustíveis tem mudado quase que diariamente com nova metodologia da Petrobras. Divulgação.

Nova metodologia da Petrobras faz valores mudarem quase que diariamente

O preço dos combustíveis têm estado em alta ultimamente. São vários aumentos e quedas consecutivas que afetam a vida dos cidadãos brasileiros. Um dos afetados com essas mudanças são as empresas de transportes, que tem o uso de combustível em grande escala, o que afeta diretamente nos gastos com frete, por exemplo.

Mas por que o preço da gasolina, diesel, entre outros vem sofrendo variações quase que diárias?

Nova política da Petrobras

O novo modelo de ajuste nos preços se deve a nova política aplicada pela Petrobras no início de julho. Essas alterações, quase que diárias, buscam manter a competitividade frente às variações no mercado internacional, ou seja, os combustíveis seguem o preço de valor internacional. O último exemplo foram as mudanças causadas pelo furacão Harvey, na região do Golfo do México, que impactou no valor do combustível aqui no Brasil.

Valor médio do combustível

Com tantas variações, os preços dos combustíveis vêm pesando no bolso do cidadão brasileiro. Segundo o Levantamento de Preços e de Margens de Comercialização de Combustíveis (LPMCC) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 03 e 09 deste mês (setembro), o preço médio da gasolina no Brasil chegou a R$3,85. Já o preço do etanol chegou a ser vendido por litro no valor de R$2,61. O diesel, que afeta principalmente as transportadoras, chegou ao consumidor com preço médio de R$3,15.

Na região Sul do Brasil, no valor da gasolina, o Paraná perde para o Rio Grande do Sul no valor médio (R$4,06) e ganha de Santa Catarina (R$3,69).

Transportadoras

Para o empresário Moisés Sviech, chefe de logística para um mercado da região, os ajustes não estão sendo justificados com retorno. Sobre as mudanças constantes, o empresário afirma. “Está sendo terrível. Eu ganho um percentual por mês sobre o valor faturado. Esse percentual é fixo já faz um ano e meio e a mercadoria de hoje continua a mesma de antigamente. A mudança constate do combustível está achatando o meu salário que hoje eu quase estou pagando para trabalhar”, explica. Ele ainda comenta que “35% a 40% da despesa é para o combustível, devido a altas quilometragens”.

Além de Moisés, o empresário Rogério Schimanski, dono de transportadora, fala sobre o impacto dos aumentos e de como ele se torna negativo. “A variação dos preços influência nos custos, pois o preço dos produtos que eu vendo não tem acompanhando as altas do combustível”, afirma.

Postos de Gasolina

Sobre como é definido o valor do combustível ao consumidor, Angelo*, Gerente/Sócio de um posto de gasolina, comenta que varia conforme o valor de compra. “As refinarias nos passam um valor. Através deste, nós colocamos um pouco para cima, para nos gerar lucro. Porém, com essas mudanças, só ocorre alteração ao consumidor depois que a gasolina ‘nova’ chega para nós. A gasolina ‘velha’ continua com o valor antigo”, afirma.

Devido às variações de valores, Angelo fala que “a procura diminuiu um pouco, porém o combustível é essencial, assim como a comida”. Ainda sobre a quantidade de mudanças, Angelo afirma que tem sido trabalhoso determinar um valor. “É uma mudança quase que diária dos valores. Às vezes uma margem muito pequena. Por isso nós sempre pensamos no consumidor, para não pesar tanto no bolso dele”, comenta.

Novas variações

No último dia 14 de setembro, a Petrobras apresentou novas mudanças nos valores do combustível. O preço do diesel teve um aumento de 1,6% enquanto a gasolina subiu 1,3% nas refinarias.

Desde o início da nova metodologia da Petrobras, o diesel já apresentou uma variação de 18,54% no seu valor. Já a gasolina acumula alta de 11,46%.

Rodolpho Bowens

* Fonte preferiu não se identificar com sobrenome e nem posto de gasolina, devido à concorrência.

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