A interação homem-animal auxilia diversos tratamentos de saúde e ajuda na prevenção de doenças
Os animais de estimação têm muito mais a oferecer do que simplesmente companhia e amor. Eles também têm o poder de nos deixar mais saudáveis e até mesmo ajudar na recuperação de pacientes com as mais diversas enfermidades. A chamada “Pet terapia”, “Zooterapia” ou “TAA” (Terapia Assistida por Animais) começou a ser utilizada no Brasil, na década de 50, no tratamento de pacientes psiquiátricos. A partir daí, o método passou a ser amplamente utilizado por profissionais de diferentes áreas e dividiu-se em modalidades.
Além da TAA, existe também a “AAA” (Atividade Assistida por Animais), que utiliza animais esporadicamente com o objetivo de entretenimento e recreação e também a “EAA” (Educação Assistida por Animais), que é muito semelhante à TAA, porém, é aplicada por profissionais da área da educação, como pedagogos.
A terapia com animais não tem restrição de idade, apresentando bons resultados desde trabalhos realizados com crianças hiperativas ou com síndromes como o Autismo ou Down, até idosos com Alzheimer. “Pode ainda ser utilizada com pessoas que apresentam limitações nas áreas relacionadas ao desenvolvimento psicomotor e sensorial; com distúrbios físicos, mentais e/ou emocionais”, como explica a psicóloga Aurea L. Pioli Gomes Ferreira.
Os animais agem como estímulo e são considerados co-terapeutas. Eles têm a capacidade de diminuir o stress, a ansiedade e sintomas depressivos. Peixes, pássaros, gatos, coelhos, hamsters, golfinhos e até répteis podem ser utilizados, mas os cães representam 80% dos animais empregados na “Pet Terapia”, graças ao seu temperamento amoroso e também pelo seu alto grau de interação com os humanos.
Especialmente em casos de depressão, o uso de animais apresenta ótimos resultados, que são comprovados cientificamente através de estudos em diversos países, inclusive no Brasil, segundo Aurea. “Estes relatos de experiência apontam que o contato com o animal faz aumentar os níveis de endorfina, ajudando a minimizar os efeitos da depressão, bem como, serve como estímulo inclusive nos tratamentos psicoterapêuticos”.
Marisa Leite dos Santos afirma que os gatinhos que adotou têm ajudado a superar a perda do seu marido. “Desde que meu marido faleceu há 1 ano eu fiquei muito deprimida, mas aí apareceram uns filhotinhos aqui em casa e eu fui cuidando e eles acabaram ficando. Agora já estão grandes. São a minha alegria”.
Os animais despertam no homem sensações positivas de bem-estar como a amizade e o amor, tornando o vínculo uma importante ferramenta auxiliar principalmente de quadros psicológicos, aumentando a vontade de viver mais e melhor. Por isso, independente se você tem algum tipo de enfermidade, um bichinho lhe trará muitos benefícios para a saúde.